segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Capitulo 22

Com uma careta muito feita meu pai abordou a Dra. Salete e queria por que queria saber porque a urina dele, que há dias estava com a coloração bem avermelhada , e muito leitosa concentrada, mais se bem que a grande preocupação era mesmo somente a coloração tão avermelhada.
Como Dra. Salete já estava preparada pra essa abordagem pois dias atras eu, já havia conversado com ela sobre essa abordagem que ele poderia vir a fazer.
Sem dar tempo dele esperar a resposta a Dra foi bem rápida ao responder que aquilo seria normal o sangramento pois por ele ter um tumor renal, ao super normal frequentemente ocorrer sangramentos e como consequência a anemia, as temidas transfusões de sangue.   

A resposta não foi muito convincente, mais ele quiz de qualquer forma escutar de um urologista. Dito e feito Dra    Salete pediu pra que o um dos titulares da urologia do Pio XII, ir até a Unidade II pra conversar com meu pai.
Ou seja ele ouviu tudo aquilo que não queria ouvir, tudo que a Dra. havia dito a ele o Dr.Igor Franklin, falou tudo aquilo já dito anteriormente.
Que aguentou a carranca durante o dia todo fui eu e os profissionais da enfermagem, eu tentem uma conversa mais foi irredutível passou a noite toda com dores e com mal estar de estafa mesmo.
Durante esses dias eu comecei a fazer muitas amizades, conhecia Rose e Rosa, Rose era a paciente mais animada que havia dentro da unidade II, elas era de São Manuel / SP.
Era na verdade minha grandes companhias ali dentro conversava horas e horas com as duas na maior parte das vezes com a Rosa, ela sofria muito pois também era somente ela que cuidava da irma que estavam ali por vários  dias ali também sem muita ajuda da família nos apoiamos uns aos outros ali eu ajudava quando podia, elas me ajudava quando elas podia, é uma amizade que selou muito minha vida pois ali formamos uma família.
Eu adorava ficar conversando horas e horas com a Rosa e Rose... 





quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Capitulo 21


Bom, já logo pela manha eu acordei bem mais cedo, meu pai estava dormindo, fiquei olhando ele dormindo depois de varias doses de morfina durante a madrugada ele ali, praticamente sedado de tanta medicação pra dor , particularmente acreditava dentro de mim que meu pai estava meio que se camuflando entre os remédios de dor. Ele tudo levava pra o remédio pra dor ele ia pensar tinha que tomar morfina, a realidade levava meu pai a não enfrentar a vida como ela devia. Eu sempre muito fechado fui me cativando pelos profissionais que a mim tratavam muito bem, nos dias que tudo ta nublado eles advinham quando, você ta caindo eles te abraçam mesmo, foi nesse dia que apareceu a minha amada Gessymara uma técnica de Enfermagem sensacional ela que acabou quebrando esse gelo, pois meu pai era muito introspectivo e aquele dia ele estava muito debilitado sem condições de ir pra o banheiro tomar banho e eu digo que ela não entrou no quarto ela estreio pois chegou, cantando junto com sua amiga Vera Betelli, tentando deixar meu pai mais animadinho.    
Dito e feito, um lindo sorriso no seus lábios, meio abobado mais um ótimo sinal tomou banho na cama mesmo. Depois desse banho ele despertou um pouco e começou a conversar com A nova amiga Gessymara conversando ate em inglês da maneira dele só eles mesmo entendiam, riamos por muitos e muitos tempos, era uma felicidade imensa ver essa felicidade estampada no rosto dele onde sempre havia uma expressão de medo e incerteza, agora tinha um fundo de esperança naquele olhinho maravilhosos.
Agora meu pai ja não queria ir embora do hospital com a chegada da Gessymara ele não tinha a minima chance dele querer sair dali.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Capitulo 20

Já era final de semana, suas dores não aumentava muito, mais também a que permanecia não diminuía de forma alguma, a tendencia sempre era pra aumento e nunca pra diminuição.
Logo pela manha de uma segunda feira, meu tinha retorno na QT (quimioterapia), o Dr. Erasmo Xavier consultou  meu pai fez lhe umas perguntas e logo retornou dizendo, que iria manter a medicação anterior da QT , pois a  doença não havia tanta progressão, ou progressão alguma, ele receitou uma bolsa de hemácias, pois nos resultado dos exames de sangue, resultou que suas plaquetas de hemácias, estavam um pouco baixa então resultou em anemia.
No dia seguinte ele com dores muito fortes  usou diversos resgate, a medica em visita viu que ele utilizou muitos resgates, eu relatei que já fazia quatro dias sem evacuar.Durante a noite ele teve diversas alucinações visuais, ele ficou muito sudorífero, taquicardíaco.
No dia seguinte a medica disse que clinicamente meu pai estava pronto pra ir pra casa, mais talvez o empecilho seria o fator familiar as discussões familiares e o ambiente familiar que estava muito conturbado, que aquele ambiente pra ele era muito mais propicio do que sua casa, ali era sua segurança todos tratava o bem.      

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Capitulo 19

Na manha seguinte, depois de ter tomado cafe e tomado banho, a psicologa Dra Daniela passou em visita no quarto dele, e  obteve sucesso pois ele estava melhor mais acordado, ela pediu pra eu que me retirasse do quarto  para que ela tivesse uma melhor abordagem com ele.
Pois ele estava muito sentimental a perca da mãe ainda o mexia muito emocionalmente, foi o ponto crucial pra ela abordar o que ele realmente pensava e estava o afligindo, e realmente tudo aquilo que eu pensava veio a tona a realidade da perca da mãe, a vontade de sair andando era muito grande, também a vontade de dirigir era imensa, a realidade pra ele era como uma fantasia, ele não queria aceitar que ele não iria andar mais, que nunca mais ele iria dirigir seu tão querido carro, um sonho pra ele.  

Ele chorou muito, acreditando muito em sair do hospital bem andando e saindo já dirigindo seu carro,
seria muito difícil colocar a realidade de frente com ele.
Ele simplesmente não queria aceitar e nem aceitar o que a doença causaria de deixaria sequelas grandes, ele não conseguiria dizer o nome da doença, ou seja ele não conseguia dizer que ele tinha câncer.
Eu sei que isso doía, muito nele... e em mim também que sabia de tudo e nem tudo eu e a equipe podíamos contar sobre a gravidade da sua doença.
Ele passou  restante do dia muito bem, fez todas as atividades corriqueiras como  fisioterapia e terapia ocupacional, sem muitas queixas de dores muito fortes.   

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Capitulo 18

 No dia seguinte, Dra. Salete, medica responsável pela visita no quarto e quem acompanhava meu pai na internação,ela chamou o responsável pela neuro cirurgia da Fundação Pio XII, Dr. Jose Reynaldo, pra avaliar se haveria uma possível lesão cerebral, que o mesmo descartou uma possível lesão.
Logo em seguida, ele tomou banho e  tomou café ele havia naquela manha feito uma lavagem intra-retal,pois já fazia quase 4 dias sem evacuar.O dia foi meio turbulento pois suas dores nem pensava em dar  sossego, ele tomou somente na parte da tarde 4 resgates de morfina, dose muito alta, para ele que tomava medicação de 4 em 4 horas.
 
 No dia seguinte, eu achei ele meio apático, sem cor, estava sem animo, meio febril, a psicologa tentou até uma abordagem mais sem sucesso, a  urina dele estava bem hematúrica , leitosa, comuniquei a enfermagem, que a mesma fez pra medica , que disse que poderia ser devido a alguma infecção, que seria normal no caso dele, devido a doença.